domingo, 13 de dezembro de 2009

O PASTOR COMO PASTOR




O supremo propósito do ministério

Este propósito considerado como supremo no ministério é o mesmo de nossas vidas, glorificar a Deus em tudo o que somos e fazemos. O pastor tem que ser de fato um homem de Deus, caso contrário não terá um ministério próspero. E quando falamos em ministério próspero não estamos nos referindo ao padrão como muitos hoje entendem ministério. Para muitas pessoas hoje o ministério pastoral se tornou uma carreira profissional. A igreja é encarada meramente como uma fonte de lucro, e o objetivo pessoal do pastor é ascender em sua denominação. Para esses “pastores” o propósito do ministério acaba sendo sua própria exaltação. Deus não é glorificado em seus ministérios e acreditam que a prosperidade material seja fator indicador de um ministério próspero. Porém, nos padrões bíblicos a prosperidade do ministério reside em uma vida cristã verdadeira que serve ao Senhor em sinceridade e preocupa-se com o bem-estar de suas ovelhas.
Quem se atreverá a afirmar que o ministério do apóstolo Paulo não foi um ministério próspero, embora sua experiência ministerial tenha sido repleta de perseguição e dor: “São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em acoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas” (II Co 11.23-28). Muitos pastores de hoje não têm o apóstolo Paulo como modelo para o seu ministério. Querem viver um evangelho triunfalista, que não ensinará às pessoas buscarem que Deus seja glorificado. Eles mesmos então, não conseguirão enxergar que o alvo supremo do seu ministério deve ser glorificar a Deus.


O caráter espiritual do ministério

Ministério pastoral não é um empreendimento humano, não é uma carreira profissional. É uma missão de caráter espiritual, e o pastor então deve entende que a sua obra como pastor não é a administração financeira da igreja ou organizacional da mesma ou de algum órgão denominacional. Ele foi chamado a cuidar de vidas. O seu trabalho é conscientizar o homem acerca de Deus e Sua vontade revelada. Sendo assim, tem como instrumento a Bíblia, logo, deve conhecê-la o melhor possível. Mas, não é suficiente apenas o conhecimento teológico, ele deve viver o que prega.





O objeto do nosso cuidado pastoral

O objeto do nosso cuidado pastoral é a igreja do Senhor considerados coletivamente como o corpo de Cristo e individualmente como filhos e filhas de Deus.
Deve o pastor ter um ministério completo, ele não é um administrador de empresa, portanto, há a necessidade de acompanhar individualmente as ovelhas através de visitas, aconselhamentos e discipulados. Observemos o exemplo de Cristo em Lucas 15.4: “Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontra-la?”.
O pastor deve viver a preocupação pelas ovelhas, e ir em busca daquelas que se encontram desgarradas.
Lembremos que prestaremos contas ao Senhor de como estamos desenvolvendo o nosso ministério (Hb 13.7).
Vemos então duas partes em nosso ministério com as pessoas individualmente. A primeira é anunciar o evangelho para conversão daqueles que se encontram sem Cristo. Às vezes encontramos alguns desses que já professam ser crentes, mas que não passaram pela genuína experiência da conversão dentro das igrejas. A segunda implica edificação dos crentes e podemos citar como cinco necessidades específicas: confirmação, progresso, preservação, restauração e consolação.


A obra do ministério pastoral

Um aspecto sumamente importante do ministério pastoral é a pregação pública da Palavra de Deus. A pregação da Palavra no culto público é papel do pastor. Ele é o responsável pela edificação da igreja.
Um segundo aspecto é a ministração do Batismo e da Santa Ceia.
Um terceiro aspecto é a direção do culto. Cabe ao pastor conduzir as orações e o louvor no culto. Quando dizemos que cabe a ele conduzir o louvor no culto não nos referimos a que ele seja a pessoa que estará cantando os louvores com a igreja, isso pode ficar à cargo do ministro de louvor ou do ministério de louvor. Referimos-nos sim à questão de que ele deve estar atento para que os hinos cantados realmente adorem ao Senhor.
O quarto aspecto é o cuidado específico dos indivíduos, como já mencionamos.
O pastor também deve ter atenção especial para com as famílias. Família bem estruturada e sadia implicará crentes sadios espiritualmente e diminuição de problemas na igreja.

domingo, 6 de dezembro de 2009

TEOLOGIA PASTORAL

Minha próximas três postagens serão extraídas de um trabalho realizado para o meu curso de teologia da cadeira de Teologia Pastoral.



Muitos pastores hoje, vivem uma crise de identidade ministerial, e ela se torna ainda mais grave quando eles não percebem esta realidade. Pastores que não encaram corretamente o seu serviço na igreja e para a igreja. Ao contrário disso, preocupam-se exageradamente com questões administrativas relativas às finanças da igreja. Enquanto isso, ovelhas se encontram desgarradas, crentes estão com vida espiritual definhando, o púlpito está repleto de mensagens de teor humanista e a igreja acomodada sem evangelizar e tímida para viver e proclamar os preceitos bíblicos.

A tarefa pastoral é sumamente difícil, e em nossos dias muitos ministros de Deus se vêem pressionados a mostrar resultados exigidos pela igreja. Estes resultados geralmente são de caráter quantitativo. Alguns, devido ao ativismo ao qual é empurrado pelo contexto cristão de nossa época acabam esquecendo que antes de tudo têm de ser fiel ao Senhor para então estar em condição de apascentar outros. Lembremos que antes de Jesus mandar que Pedro apascentasse suas ovelhas ele lhe perguntou se o amava (Jo 21.15-19).